Com o objetivo de fornecermos algumas contribuições para a formação de sua resposta à pergunta acima vamos tecer alguns comentários sobre o que é, no nosso entendimento, a prática da Gestão Estratégica de Pessoas nas Organizações.
A Gestão Estratégica de Pessoas efetivamente ocorre na medida em que área de Recursos Humanos assume um novo papel nas Organizações, evoluindo de uma posição meramente operacional para um posicionamento alinhado à sua Visão, Missão, Planos e Objetivos Estratégicos, sendo efetivamente a principal responsável pela conquista e manutenção de talentos humanos que conduzirão a Organização para o atingimento dos resultados projetados e fortalecimento de sua participação no mercado que se torna a cada dia cada vez mais competitivo e exigente no atendimento às suas demandas de produtos e serviços.
Interpretamos, ainda, que é fundamental para uma Organização de sucesso possuir um quadro de colaboradores com conhecimento, envolvimento e comprometimento com sua filosofia, políticas e estratégias de atuação, para que por meio de um esforço comum, no qual os objetivos corporativos se integram e complementam os objetivos individuais e os desafios dos planos de crescimento sustentável possam ser enfrentados e vencidos por toda a Comunidade organizacional.
Na continuidade, para que isto de fato ocorra é imperativo que haja uma mudança radical na forma de administrar as pessoas dentro da Organização. É preciso considerá-las atores ativos da Organização, tratá-las como parceiros no trabalho, respeitá-las como seres humanos e oferecer-lhes condições adequadas para que manifestem todas suas habilidades, competências e capacidade inovadora.
Por meio deste artigo convidamos o (a) amigo (a) leitor (a) que analise, reflita e discuta o processo de Gestão de Pessoas em sua Organização, tendo como pano de fundo o cenário das tendências que estão ocorrendo no mundo corporativo e avalie os instrumentos de gestão de pessoas aplicáveis para reter, motivar e liderar seu principal recurso: o Capital Humano.
Esta análise deverá ser embasada nos três pilares de atração, retenção e gestão de pessoas, a saber: Os ambientes físico (organização e infraestrutura de trabalho) e psicológico (cultura e relacionamentos interpessoais e formas de relacionamento gestores x subordinados) existentes na Organização; os instrumentos de gestão de pessoas adotados, tais como: Plano de Cargos e Salários, Plano de Carreira e de Sucessão, Avaliação de Desempenho, Pesquisa de Clima Interno e Sistemas de Comunicação Corporativa Interna e o modelo de remuneração praticado, aqui compreendendo, o salário nominal, os benefícios sociais e a remuneração variável oferecida.
Os resultados desta análise irão evidenciar em que patamar de gestão de pessoas a Organização se encontra. Se no patamar da gestão operacional, no patamar intermediário da transição do modelo operacional para o estratégico ou se já se encontra no patamar da gestão estratégica.
Não podemos esquecer, também, que a efetiva prática da gestão estratégica de pessoas passa obrigatoriamente pelo alinhamento dos objetivos e metas da Área de Recursos Humanos aos objetivos e metas estratégicas da Organização. Não podemos falar em gestão estratégica de pessoas quando as metas e objetivos da área de RH estão em total desarmonia com as metas e objetivos da Organização, ou, simplesmente, não existem.
Por fim, uma gestão estratégica de pessoas exige um Planejamento Estratégico da Área de Recursos Humanos, cujo objetivo precípuo é definir metas e objetivos de curto, médio e longo prazo e desenvolver e selecionar estratégias para seu atingimento desdobrando-as em planos de ações operacionais, executados, acompanhados, controlados e avaliados em seus resultados por um conjunto de indicadores de gestão por meio dos quais se poderá encontrar a resposta à pergunta com a qual titulamos este artigo: “Estamos realmente praticando uma Gestão Estratégica de Pessoas?”